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Saiba aqui nossas novidades e informações

Escrito pela Dra. Aline Bortoletto, diretora INOVBEV



Diante de muitas informações básicas e com nível técnico raso sobre bebidas, a busca pela profissionalização e pelo conhecimento da ciência está cada vez maior por produtores e empresas que desejam capacitar suas equipes, seus diretores e gestores.


Desde o início da pandemia pudemos perceber um movimento acelerado de novas marcas e produtos entrantes no mercado nacional com o foco INOVAÇÃO, diferenciação e diversificação de bebidas.


O problema acontece quando muitas empresas são abertas e marcas são lançadas sem o devido planejamento ESTRATÉGICO necessário, juntamente com a ansiedade de produzir algo novo e estrear de maneira "pioneira".


O pioneirismo muitas vezes pode ser detectado como sinal de amadorismo e necessidade de alavancar vendas estagnadas com produtos anteriores, que estão com mercados reduzidos ou lotes estagnados. Da mesma forma, a inovação nas bebidas costuma ser pautada em algumas simples estratégias de marcas de referências internacionais ou até mesmo nacionais.


Com isso, o mercado torna-se saturado de produtos quase idênticos e sem características especiais que atraiam o consumidor. O produtor frustra-se com menores expectativas de sucesso nas vendas seguidas do alto investimento inicial no lançamento do produto.


COMO CRIAR PRODUTOS MAIS ASSERTIVOS?

Este foi o tema de um dos nossos cursos de 2021 - DESENVOLVIMENTO DE NOVAS BEBIDAS (julho 2021) e do MASTERCLASS beneficente CONQUISTE O SEU CLIENTE (dez. 2021). No qual tratamos sobre métodos de desenvolvimento de produtos que devem ser aplicados em diversas esferas que englobam a qualidade, apresentação, posicionamento e consumidor foco.


O que percebemos é que muitos produtores não planejam todas essas etapas e acabam lançando produtos sem a devida e necessária assertividade. Com isso surge a necessidade e recomendação de aquisição de maior conhecimento e envolvimento da alta gestão dessas empresas em não somente conhecer sobre a tecnologia de produção, mas também de todos os setores que envolvem o sistema bebida - consumidor.

Em 2021 pude acompanhar e vivenciar o drama de muitos produtores preocupados com uma única parte do negócio, ou a produção, ou vendas. Muitas vezes o produtor contrata uma mentoria para tirar "algumas dúvidas" e já está produzindo de forma errada, em equipamentos inadequados ou já comprou insumos totalmente incoerentes com o objetivo da bebida. Outras vezes, ele já lançou seu produto no mercado e a preocupação é notada quando não há revenda do segundo lote.


Neste ano promovemos aqui na INOVBEV diversos eventos, cursos, treinamentos, mentorias, workshops e masterclass sobre toda cadeia produtiva das bebidas, e orientamos mais de 670 produtores e profissionais da área.


RETROSPECTIVA 2021:


Em janeiro promovemos o CONGRESSO DA CACHAÇA (online) contando com palestras de profissionais de diversas áreas do setor e mais de 270 inscritos. Esse evento permitiu levar conhecimento aos produtores das mais diversas regiões do Brasil, além da união dos palestrantes e profissionais para a realização de trabalhos futuros que foram observados ao longo do ano.





Outro destaque ocorreu com o Fórum da Cachaça que promoveu uma discussão entre profissionais da cadeia produtiva quanto à Nova Portaria sob consulta pública do Ministério da Agricultura (n. 339 de 28 de julho de 2021). Participaram dessa discussão Carlos Lima (Diretor do IBRAC), Jairo Martins, Nelson Duarte, Dirley Fernandes e muitos produtores.


Veja o vídeo abaixo:


Dentre os 11 cursos oferecidos pela INOVBEV em 2021, tivemos como destaque o SOMMELIER DE CACHAÇAS e o SOMMELIER DE GIN em suas primeiras edições, o MASTER BLENDER, o curso de RASTREABILIDADE NA CADEIA PRODUTIVA DA CACHAÇA, PRODUÇÃO DE LICORES E BEBIDAS MISTAS, PRODUÇÃO DE CACHAÇA E RUM, PRODUÇÃO DE GIN, DESENVOLVIMENTO DE NOVAS BEBIDAS, o Workshop CACHAÇA EXPERIENCE e os cursos com renda 100% beneficentes à instituições de caridade: MULTISSENSORIAL DE BEBIDAS e MASTERCLASS CONQUISTE O SEU CLIENTE.


CLIQUE AQUI PARA SABER DA AGENDA DOS CURSOS 2022:



Outro modelo de acompanhamento de produtores foi através das Mentorias Individuais oferecidas o ano todo e as Mentorias Coletivas oferecidas para grupos de produtores em 4 meses do ano, nas quais tratamos de temas pertinentes às dificuldades do setor.


As CONSULTORIAS foram um outro segmento importante para alguns produtores acompanhados durante meses em projetos de desenvolvimento de produtos, implementação de destilarias, treinamentos de equipes nacionais e internacionais em temas privativos.


VEJA AQUI OS TEMAS DE CONSULTORIAS INOVBEV:


Para que tudo isso acontecesse com sucesso, contamos com uma equipe de 7 profissionais qualificados nas mais diversas áreas do conhecimento envolvendo o tema BEBIDAS, que não apareceram por aqui, mas fazem parte de um Backstage forte e altamente qualificado!

Aproveito e deixo aqui meu agradecimento especial a cada um deles!



COMO PODEMOS PROVER UM NOVO 2022 COM MARCAS DE SUCESSO?


Marcas de sucesso não acontecem por acaso! O SUCESSO é uma uma construção contínua de conhecimentos e busca incansável por referências de como fazer o melhor, da melhor forma possível. Técnicas e estratégias não podem ser copiadas, e sim criadas com um objetivo e conceito único para cada produto.


Sobre isso, conversaremos mais em 2022 em cada um dos nosso Encontros, Cursos, Treinamentos, Mentorias e Consultorias!


Nos vemos por lá com muita saúde e energia para novos projetos e conhecimentos!









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Escrito pela Dra. Aline Bortoletto




A utilização de outras madeiras pode ser uma alternativa economicamente viável, além de atribuir variações sensoriais para o destilado. No Brasil, algumas madeiras nacionais são utilizadas para envelhecer aguardente devido sua fácil obtenção e transferência de compostos característicos das espécies, que permitem a diversificação da bebida.


O uso de madeiras brasileiras tem sido cada vez mais difundido e estudado. Algumas espécies normalmente utilizadas são amendoim (Pterogyne nitens Tul), jequitibá (Cariniana estrellensis), araruva (Centrolobium tomentosum), cabreúva ou bálsamo (Mycrocarpus frondosus), jequitibá rosa (Cariniana legalis), cerejeira ou amburana (Amburana cearensis), pereira (Platycyamus regnelli), grápia (Apuleia leiocarpa), ipê-roxo (Tabebuia heptaphylla), castanheira (Bertholletia excelsa), freijó (Cordia goeldiana), canela sassafrás (Ocotea odorífera), eucalipto (Eucalyptus), louro-canela (Ocotea Diospyrifolia), entre outras.


Várias pesquisas foram realizadas visando conhecer o potencial químico e sensorial das madeiras brasileiras para o envelhecimento da cachaça e outras bebidas.

As diversas madeiras possibilitam delinear e caracterizar a bebida envelhecida, permitem elaboração de misturas ou “blends” de duas ou mais espécies, e aumentam a complexidade aromática da cachaça. O uso de madeiras nacionais as misturas de cachaças envelhecidas em diferentes madeiras dão originalidade à bebida com atributos de sabores únicos e reconhecíveis.


Contudo, a cachaça é o único destilado que não possui restrição quanto a espécies de madeiras permitidas para o envelhecimento, podendo ser envelhecida numa ampla gama de madeiras.


Veja o video abaixo para saber mais



Veja nossos cursos sobre o tema





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Escrito pela Dra. Aline Bortoletto



O carvalho é a madeira mais indicada para a fabricação de barris, devido à estrutura das fibras que geram resistência mecânica, flexibilidade, porosidade e dureza, além de conferir características sensoriais peculiares que agregam qualidade à bebida.

O carvalho é a principal madeira utilizada no envelhecimento de bebidas alcoólicas, adquirindo supremacia mundial. Modifica as propriedades sensoriais da bebida, pois participa ativamente do “flavor” e viscosidade ou oleosidade, graças à extração de moléculas aromáticas e taninos hidrolisáveis. Porém, demanda longo período de crescimento da árvore, alto custo inicial e a necessidade de importação de países europeus ou norte-americanos.

O carvalho é representado por mais de 250 espécies no mundo, situadas majoritariamente nas zonas temperadas no hemisfério norte do planeta. Para a confecção de barris, são utilizadas predominantemente as espécies: carvalho peduncular (Quercus robur Linn, Quercus pedunculata Ehrh.), carvalho séssil (Quercus petraea Liebl, Quercus sessiliflora Sm.), carvalho branco americano (Quercus alba l.) e o vermelho da América do Norte (Quercus rubra).

Os fatores que influenciam a composição química da madeira de carvalho estão relacionados com a espécie botânica, origem geográfica, idade da madeira e modo de conduzir a floresta e construir o barril. Esses são considerados parâmetros relevantes na escolha do produtor, pois definem a qualidade da madeira e, consequentemente no perfil sensorial da bebida.

Na Europa, as tanoarias normalmente utilizam duas espécies de carvalho, o pedunculado e o séssil, ambos com estruturas similares e de ampla disseminação no continente. Em algumas regiões, ambas as espécies crescem juntas e o tanoeiro seleciona empiricamente as que possuem características físicas e químicas mais adaptáveis, como por exemplo, a abertura dos canais fibrosos da madeira, denominado de granulometria da fibra ou “grain”, que influencia na extração de compostos da madeira, oxidação da bebida e estanqueidade do barril.

A França é o país que detém maior abundância de florestas de carvalho. Os melhores resultados para o envelhecimento de vinhos e destilados são obtidos com madeiras oriundas das florestas francesas de Allier, Vosges, Limousin e Nièvre ou Tronçais. A maior parte das florestas francesas é constituída de carvalho das espécies séssil e peduncular, assim como seus híbridos; exceto em Limousin, que oferece somente a espécie peduncular. Para o envelhecimento do Cognac, os carvalhos preferidos são Tronçais ou Limousin, sendo que cada um deles oferece uma característica específica. As espécies de carvalho destas florestas diferem em diversos aspectos. Além da estrutura das macromoléculas e componentes minoritários da madeira, um dos aspectos mais importantes é a granulometria da madeira, ou seja, a distância entre as fibras, que dependente dos anéis de crescimento, sendo classificada como grossa, média, fina e extra-fina. O tipo de fibra influencia na permeabilidade aos gases, principalmente na ação do oxigênio sobre o destilado durante o envelhecimento.

Além da França, fornecedora de carvalhos de boa qualidade, outros países são conhecidos pela qualidade e viabilidade de extração de carvalho de boa qualidade, tal como Alemanha, com o carvalho Kempelhorn (híbrido do Quercus robur), Croácia e Lituânia (Quercus robur); Polônia (Quercus robur e Quercus petraea), Romênia (Quercus petraea), Rússia (Quecus robur, da região do Cáucaso) e Estados Unidos (Quercus alba).

Análises sensoriais e físico-químicas demonstram as importantes diferenças entre as regiões geográficas de origem da madeira, que personalizam o caráter amadeirado devido à estrutura física que influencia a cinética de extração dos compostos. A microscopia eletrônica permite observar que a maior diferença entre as espécies de carvalho está na estrutura de tilose presente no cerne da madeira. A tilose é uma membrana que protege os vasos condutores durante o desenvolvimento do cerne, direcionando o movimento da seiva, deixando a estrutura do cerne mais coesa e indicando o carvalho de granulometria fina – “grain fin”, representados pelas espécies de carvalho séssil e pétreo. O carvalho pedunculado possui em geral menos tilose que o carvalho séssil, caracterizando-se como granulometria grossa – “grain gross”.


Quer saber mais?

Participe dos nossos cursos de Capacitação Profissional em Envelhecimento e Master Blender.







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